Na tarde desta quinta-feira (2), às 15h, no plenário da Casa da Cidadania de Feira de Santana foi realizada uma coletiva de imprensa, para prestação de informações sobre o relatório da CPI da Saúde, que investiga eventuais irregularidades em contratos firmados pela Secretaria de Saúde.
A CPI da Saúde começou a tramitar na Casa Legislativa por meio do requerimento nº 232/2021, de autoria do vereador Silvio Dias (PT), com o intuito de apurar despesas e contratações de pessoal na Secretaria Municipal de Saúde de Feira de Santana. Foram mais de 120 dias de trabalho e investigação, de acordo com o relator Pr° Ivamberg Lima (PT), a minuta foi aprovada no dia 03 de abril de 2022, foram mais de 15 oitivas e todas estão relatadas na íntegra no relatório final.
Segundo o relatório final, foi detectado o pagamento irregular a empresa de consultoria GSM pertencente ao atual secretário de Saúde Marcelo Brito, além deste outro crime detectado foi o atraso deliberado dos repasses da SMS sem justa motivação, o que ocasionou paralisação de atendimento na UPA da Queimadinha; desvio em contratos de gestão em unidades de saúde para atender a PGM, gabinete do prefeito, escolas entre outros; contratação mediante tráfico de influência de agentes políticos com finalidade eleitoral; desvio de contrato de gestão; entre outros.
O presidente da CPI, o parlamentar Paulão do Caldeirão (PSC) afirmou que a CPI cumpriu o seu trabalho com a finalização do relatório e destacou que a comissão pôde trabalhar com autonomia ao longo de sua duração. “Toda a documentação se tornará pública, vale lembrar que essa comissão teve o caráter investigativo, nosso próximo passo é entregar o relatório ao presidente da Casa, o edil Fernando Torres e em seguida ao Ministério Público, Polícia Federal e a Receita Federal”.
Nomes como o do atual Prefeito do município Colbert Martins, o secretário de saúde Marcelo Brito, a ex-vereadora Neinha, o suplente de vereador Marcos Lima, a empresa IMAPS, entre outros, foram citados no relatório, todos envolvidos em supostos crimes.
Durante a coletiva, o jornalista Cloves Pedreira questionou se é possível que ocorra o afastamento do prefeito Colbert, o presidente da CPI informou que cabe à população entrar com o pedido para ser votado na casa, lembrando que é necessário 14 votos para conseguir o afastamento.
